domingo, 24 de agosto de 2014

Sexo depois dos 40, dos 50, dos 60

Hoje ainda é sexta feira. Assunto espinhoso: sexualidade após os 40 anos, sexualidade após os 50, sexualidade após os 60, na verdade, sexualidade sempre.

Nós humanos somos assim: muito antes de podermos reproduzir, já temos sexualidade. Muito tempo depois do tempo de reprodução, ainda somos seres sexuais.

É muito cômodo o papo de a mulher na menopausa já não ter desejo sexual.

Este papo é furado.

Nós mulheres temos tanto desejo quanto os homens e nosso desejo, tal como o dos homens, vai até o túmulo.
O fato do desejo sexual feminino ser diferente do masculino (é mesmo muito diferente) não quer dizer em absoluto que nosso desejo é menor.

Diferente é diferente.

O desejo nos acompanha muito além do tempo de procriação e se por acaso muitas mulheres abdicam do seu desejo e fazem questão de afirmar que não sentem mais tesão isto quer dizer que estas mulheres se renderam à uma espécie de exigência social. A mesma exigência que manda que mulher se case virgem, que seja discreta, que seja passiva em vez de ativa na conquista sexual. A mesma exigência que fala que a velha é feia e o velho é bonito. Render-se a estes paradigmas sociais é render-se aos preconceitos.

A velha senhora pode desejar sim. Pode desejar até o último dia de sua vida. Pode gozar- sem viagra- até o último dia de sua vida. Basta a ela sua fantasia. É bom trazer as crianças para a sala. Encarar o fato de que estas velhas senhoras, se puderem, se tiverem oportunidade, darão beijo na boca sim. E serão belas sim- belas de um outro jeito. A vida toda somos belos de muitos jeitos. A velhice é só mais um destes jeitos. Nem mais nem menos.

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