porque eu confundo as retas com as curvas
saio bêbada sem uma gota de álcool
danço sem música
salto sem abismo
vôo sem asa
faço coisas insanas
como perseguir cometas e borboletas
como flores em vez de maracujás
e sigo sem sapatos
feito marajá
ir à vida sempre é pra já
deu vontade de rimar
e é só
um sol de frente
que bate na minha fronte
eu fotografo canções
em um belo dó maior
sem nenhum acidente
é preciso sempre ir talvez em frente
talvez de costas
mas ir
domingo, 29 de setembro de 2013
domingo, 15 de setembro de 2013
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
rolando
O mundo sempre foge ao enquadre
as belas coisas sempre têm espinhos
os caminhos sempre têm pedras
quando não existem espinhos nem pedras
nós mesmos nos tornamos as pedras e os espinhos
de um mundo perfeito
onde se morre de tédio
Escolhi amar às coisas
mas isto não faz diferença
se eu as odiasse elas permaneceriam sendo o que são
A diferença é que eu seria a chata
com quem por condescendência todos concordam
mas quando viram as costas falam
"pessoa chata"
Sou definitivamente uma pessoa redonda
que rola e jamais cria limo
as belas coisas sempre têm espinhos
os caminhos sempre têm pedras
quando não existem espinhos nem pedras
nós mesmos nos tornamos as pedras e os espinhos
de um mundo perfeito
onde se morre de tédio
Escolhi amar às coisas
mas isto não faz diferença
se eu as odiasse elas permaneceriam sendo o que são
A diferença é que eu seria a chata
com quem por condescendência todos concordam
mas quando viram as costas falam
"pessoa chata"
Sou definitivamente uma pessoa redonda
que rola e jamais cria limo
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
sobre os poetas
Existem os poetas que não sabem ler nem escrever
suas poesias se esfumaçam e eles mesmos também desaparecem
ou bem que tentam
podemos encontrá-los a procurar debaixo dos grãos de areia algum pedaço minúsculo de certeza
às vezes dormem entre as ruínas
que são as coisas que mais se parecem com eles
e acordam numa rua de um país desconhecido
eles sempre são estrangeiros
mesmo aos olhos de suas mães
muitos os chamam de loucos outros de mendigos
eu os chamo de poetas
porque esta é a profissão mais impossível e temerária de todas as profissões impossíveis e temerárias.
suas poesias se esfumaçam e eles mesmos também desaparecem
ou bem que tentam
podemos encontrá-los a procurar debaixo dos grãos de areia algum pedaço minúsculo de certeza
às vezes dormem entre as ruínas
que são as coisas que mais se parecem com eles
e acordam numa rua de um país desconhecido
eles sempre são estrangeiros
mesmo aos olhos de suas mães
muitos os chamam de loucos outros de mendigos
eu os chamo de poetas
porque esta é a profissão mais impossível e temerária de todas as profissões impossíveis e temerárias.
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