domingo, 18 de maio de 2014

Iansã Minha Madrinha

Detesto a objetividade

os círculos concêntricos dos que repetem

o reflexo da pedra

quando ricocheteia no lago


Lanço a mim mesma na dança

cruzo espaços em chamas

faço de mim deus e oferenda



Saravá irmão guerreiro

Saravá irmã Oxum bonita

que venham os raios de tua irmã

quem dá luz a cego é bengala branca
e Santa Luzia

Só posso acreditar nos deuses que dançam
minha religião se chama movimento

e por onde há janela
eu faço estrondo

Pode me chamar de vento
de trovoada
Iansã é minha madrinha

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