
Estatelada a borboleta no vidro
explode côr e movimento
o vidro em sua transparência celebra
a delicadeza das coisas
a fatuidade dos gestos
o surpreendente em cada caminho
Dão-se as mãos numa dança
a parede e a janela
que permitem que os olhos se assombrem
e surja então mais uma fotografia
O instantâneo é o que a palavra não ousa:
a poesia escondida do que está tão a vista.
fotografia por Zezin da Cruz