quinta-feira, 24 de julho de 2014
a parir mulheres
Nunca tive uma filha. Mas faço nascer mulheres. Não sou ginecologista. Sou psi. Faço-as ver que não há mal algum em ser mulher, em ter prazer, em viver orgasmos múltiplos ou até mínimos orgasmos. Se desejam ter um(a) amante, não será de mim que ouvirão condenações. Não. De mim verão entendimento. E aceitação. Se desejam casar, eu as acompanharei e encorajarei a serem antes de mais nada quem elas mesmas são e vestir aos próprios sapatos em vez de fazer caber os pés nos sapatos alheios. Isto nunca dá certo. Se desejam ficar sós, descobrirei boas leituras, bons lugares para viajar em paz com o próprio umbigo. Toda viagem é uma viagem feliz, até quando há lama no caminho. Importa o caminho. Importa ser mulher, não apenas na evidência biológica, mas nas escolhas de fazer valer a diferença. É lindo ser uma mulher que cabe em seus próprios atos.
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