sábado, 2 de agosto de 2014

Rio de Janeiro-Lisboa

Por morrer uma andorinha não acaba a primavera
Seguiremos atlânticos
Ibéricos translúcidos
Satânicos higiênicos
Na cadência das estrelas mudas
Sobre nossos céus inclementes
O fado e o samba demonstram
Que nem tudo tem solução
Mas a beleza resiste
Frágil e insistente
Sobre o cínico
E sobre o avaro
Desejo de mandar
Sim
Nós somos
Um presente que transcende ao signo
E floresce caos
Poesia sem fronteiras
Feita de sangue suor lágrimas
E um invencível desejo de sorrir uma vez mais

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