É preciso olhar os barcos
Adivinhar as ondas
A textura da madeira
O casco tão forte que flutua
O mais simples dos barcos
carrega oceanos inteiros
O barco é amigo das baleias dos peixes e dos botos
Sabe que o mapa não faz o marinheiro
e que o continente é muito mais que as linhas e os pontos num papel
Cada barco navega estrelas
ou as estrelas os navegam
Carregam os azuis, os verdes, os rosas
muitas luas e muitos sóis
até aquele dia último
em que saudoso das velhas âncoras
busca o sossego das pedras sem luz
no fundo do mar
quinta-feira, 10 de abril de 2014
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