sábado, 10 de outubro de 2009
Zelador
É bastante claro:
o zelador zela a dor
varre
passa o pano de chão
mal olha nossos olhos
sabe ser invisível
para nosso olhar cego
o burburinho das salas
o farfanhar dos papéis
O que fazer?
A dor é surda
o homem com seu rodo
torna suportável o cheiro
e os pés descalços sempre
pisam sujos o chão limpo
a custo das horas
eternidades que cabem
no círculo do relógio
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