Se nega se agiliza
se transpõe e enverga
Nem por isso a palavra
tem cura
O fio da tarde
resvala na loucura
na fralda da montanha
no buraco da memória
O vento que sussurra
me diz onde devo te procurar
e em tudo o que encontro
desvairio de rinocerontes a fumar
Cada momento esconde possibilidades
e múltiplos
Cada rio cabe uma ponte um tanto de luz
e sombras
Na vida que se inicia
só Deus sabe se caminhos
ou labirintos
se seguiremos nuvens
ou se colheremos ventos
Para cada um
um bocado de dor
para se aprender o significado da flor
Um rasgo na pele
para aprender a cicatrizar
um rasto de luz
para decorar como os cegos
a informe escuridão
de que se povoam fantasmas
e silêncio daonde nasce música
e estrelas
A serpente tem o veneno
e o antídoto
Na semente vem o fim
e o começo
se transpõe e enverga
Nem por isso a palavra
tem cura
O fio da tarde
resvala na loucura
na fralda da montanha
no buraco da memória
O vento que sussurra
me diz onde devo te procurar
e em tudo o que encontro
desvairio de rinocerontes a fumar
Cada momento esconde possibilidades
e múltiplos
Cada rio cabe uma ponte um tanto de luz
e sombras
Na vida que se inicia
só Deus sabe se caminhos
ou labirintos
se seguiremos nuvens
ou se colheremos ventos
Para cada um
um bocado de dor
para se aprender o significado da flor
Um rasgo na pele
para aprender a cicatrizar
um rasto de luz
para decorar como os cegos
a informe escuridão
de que se povoam fantasmas
e silêncio daonde nasce música
e estrelas
A serpente tem o veneno
e o antídoto
Na semente vem o fim
e o começo
2 comentários:
Afffff
Que lindo Mulher!!
Amei!!
Babei!
Belíssimo poema. Bem construído, alguns versos de precisão aguda.
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